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Ascenção do Senhor

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GIOTTO, Ascensão
GIOTTO, Ascensão
domingo 20 maio 2012
Reflexões sobre as leituras
de
LUCIANO MANICARDI
A fé no Jesus ressuscitado que sobe aos céus é o campo de ação da graça e da manifestação da sua força e da sua fecundidade. A Igreja evangelizadora é afinal, e simplesmente, uma Igreja crente.

domingo 20 maio 2012

Ano B
Act 1,1-11; Sal 46; Ef 4,1-13; Mc 16,15-20

As leituras que anunciam o mistério da Ascenção do Senhor têm, antes de mais, uma valência cristológica: à direita de Deus Pai está sentado o Cristo ressuscitado (cf. Mc 16,19) que cumpriu, na obediência, a missão para a qual o Pai o tinha enviado: “Saí do Pai  e vim ao mundo ; agora deixo o mundo e vou para o Pai" (Jo 16,28). Mas apresenta também uma valência escatológica: o Cristo que subiu aos céus é Aquele que virá no fim dos tempos (cf. Act 1,11). E, por fim, uma valência eclesiológica: a Ascenção não pede aos cristãos uma fuga do mundo, nem uma contemplação dos céus (cf. Act 1,9-11), mas remete-os para a sua responsabilidade histórica. Responsabilidade que tem o nome de testemunho (I leitura), de unidade da comunidade eclesial (II leitura), de missão e pregação (evangelho).

Na Ascenção, em que à direita do Pai se senta um corpo humano, o corpo de Jesus , o crente contempla, antevê o seu destino e o de toda a humanidade. Com a Ascenção, de facto, o Filho leva para a vida trinitária a carne humana por Ele assumida e redimida.

“Então, o Senhor Jesus, depois de lhes ter falado, foi arrebatado ao céu e sentou-se à direita de Deus." (Mc 16,19). Cristo ascende ao céu depois de ter deixado uma palavra aos discípulos. Esta palavra é de anúncio e de testemunho: a missão e a pregação da Igreja preenchem o "vazio" da ausência (física) de Jesus. “Ide pelo mundo inteiro, proclamai o Evangelho a toda a criatura” (Mc 16,15). Compete à Igreja tornar visível o rosto de Cristo no tempo em que a Ascenção Lhe retirou a presença física, no tempo entre a Páscoa e a parusia. Compete à Igreja torná-Lo presente entre os homens. “A sorte de Deus é-nos confiada na medida em que, portadores de Deus neste mundo, é do nosso comportamento que dependerá o conhecimento e a imagem que os homens terão de Deus. Deus, mesmo, poderá ser bom, justo e salvador de um homem se, em determinado momento e circunstância, eu for bom e justo para com esse homem exercendo assim, na sua vida, a força da salvação de Cristo que me é conferida por Deus. Como diziam os Padres da Igreja, nós somos as mãos e os braços de Deus” (Adolphe Gesché).


 

O modelo da missão e da pregação é o próprio Jesus que iniciou o seu ministério pregando o Reino de Deus e pedindo a conversão e fé no Evangelho (cf. Mc 1,14-15). O ressuscitado precede os discípulos (cf. Mc 16,7) e a missão não é mais do que seguir Cristo. O "ide" a que os discípulos são convidados é, tão só, segui-Lo. Apenas assim a missão pode ser sacramento da presença do Senhor entre os homens, como era a missão dos onze, em que o Senhor estava activo e presente “Eles, partindo, foram pregar por toda a parte; o Senhor cooperava com eles, confirmando a Palavra com os sinais que a acompanhavam" (Mc 16,20). Afirmando que o Senhor coopera com os onze na sua missão e confirma a palavra do seu anúncio, a Igreja primitiva exprime a sua fé no ressuscitado - sujeito da missão da Igreja. E como a missão se realiza com a Palavra e com as ações, a ação que confirma a Palavra, explica-se por "sinais" (Mc 16,20).

E se a missão da Igreja tende a suscitar a adesão teologal, acreditar no Senhor acontece graças à fé. Os enviados, os missionários, os pregadores são os primeiros chamados à fé. No texto do Evangelho fala-se da cooperação do Senhor na missão eclesial em termos análogos aos que encontramos em Act 14,3: “Apesar disso, Paulo e Barnabé demoraram-se por lá bastante tempo, absolutamente confiados no Senhor, que dava testemunho à palavra da sua graça, concedendo que se fizessem milagres e prodígios pelas mãos deles". A fé no Jesus ressuscitado que sobe aos céus é o campo de ação da graça e da manifestação da sua força e da sua fecundidade. A Igreja evangelizadora é afinal, e simplesmente, uma Igreja crente.

LUCIANO MANICARDI

Comunidade de Bose
Eucaristia e Parola
Textos para as Celebrações Eucarísticas - Ano B
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