II domingo de Páscoa
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Reflexões sobre as leituras
de LUCIANO MANICARDI
O corpo pregado e glorioso de Jesus sintetiza toda a sua vida como vida de amor, é corpo que narra, que manifesta e fala daquilo que viveu, recorda-o e fá-lo viver: o agapê
7 abril 2013
de LUCIANO MANICARDI
Ano C
At 5,12-16; Sal 117; Ap 1,9-11a.12-13.17-19; Jo 20,19-31
O ressuscitado manifesta a sua presença no corpo comunitário curando com as suas chagas de cruxificado a incredulidade de Tomé (evangelho); mostra a sua força nas curas que os apóstolos fazem nos corpos de muitos doentes (I leitura); revela a sua presença vivificante ao coração da comunidade cristã (cf. Ap 1,13) num dia preciso, “o dia do Senhor” (Ap 1,10), o domingo, memorial da ressurreição no desvendar do tempo e da história (II leitura).
O Evangelho é o livro que representa a força da ressurreição do Senhor enquanto recolha de "sinais escritos" (Jo 20,30) capaz de despertar a fé que conduz à salvação (evangelho); João, autor do Apocalipse (Ap 1,4.9), recebe a indicação de escrever as visões e as profecias apropriadas a cada comunidade cristã e que, lidas em assembleia, falarão do Senhor da história e farão reinar o espírito pascal guiando cada comunidade ao caminho da conversão (II leitura).
Se, caminhando para a paixão, Jesus tinha dito aos seus discípulos: “Por isto é que todos conhecerão que sois meus discípulos: se vos amardes uns aos outros." (Jo 13,35) Agora, ressuscitado da morte, Cristo, diz: “Recebei o Espírito Santo. Àqueles a quem perdoardes os pecados ficarão perdoados; àqueles a quem os retiverdes ficarão retidos.” (cf. Jo 20,22-23). A remissão dos pecados aparece como um sinal distintivo da Igreja que testemunha o ressuscitado, de tal forma que deve emergir e manifestar-se na Eucaristia (cf. Mt 26,28: “Porque este é o meu sangue, sangue da Aliança que vai ser derramado por muitos, para perdão dos pecados”), no exercício da autoridade (cf. Mt 16,19: a autoridade de ligar e desligar), na missão (cf. Jo 20,23).