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Corrupção, uma blasfémia

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2007
IGOR MITORAJ, Osiride adormecido ferido

Famiglia Cristiana
17 junho 2012
de ENZO BIANCHI
Devemo-nos resignar perante o aumento da corrupção, num país que continua a reivindicar as suas fortes raízes cristãs? Creio que seja no âmbito da ética nas relações sociais que os crentes, na simplicidade da sua vida quotidiana, possam fazer emergir a "diferença cristã", aquele "Não deve ser assim entre vós" (Mc. 10, 43) que Jesus deixou aos discípulos como regra de conduta, justamente para os conflitos no exercício do poder.

Famiglia Cristiana, 17 junho 2012

Hoje, parece cada vez mais difícil encontrarmos uma pessoa "que leva uma vida sem mancha, pratica a justiça e diz a verdade com todo o coração, cuja língua não levanta calúnias e não faz mal ao seu próximo, nem causa prejuízo a ninguém", uma pessoa que “não falte ao juramento, mesmo em seu prejuízo, que não empreste o seu dinheiro com usura, nem se deixa subornar contra o inocente” (Sal 15, 2-15). Parece um sinal triste de degradação dos nossos tempos. Mas o próprio Salmo citado recorda-nos como o problema ético da corrupção existia já há 3000 anos. De resto, o livro dos salmos, retomado por São Paulo, recorda-nos que existiram momentos em que "Do céu Deus olhou para os seres humanos, a ver se havia alguém sensato, alguém que ainda procure a Deus. Mas todos se extraviaram e corromperam; não há quem faça o bem, nem um sequer!" (Sal 14,1-3; Rm 3, 10-12).

Devemo-nos resignar perante o aumento da corrupção, num país que continua a reivindicar as suas fortes raízes cristãs? Creio que seja no âmbito da ética nas relações sociais que os crentes, na simplicidade da sua vida quotidiana, possam fazer emergir a "diferença cristã", aquele "Não deve ser assim entre vós" (Mc. 10, 43) que Jesus deixou aos discípulos como regra de conduta, justamente para os conflitos no exercício do poder. Infelizmente a corrupção, no nosso país, envolve também pessoas que se dizem cristãs, que usando palavras de fé se contradizem escandalosamente com o seu estilo de vida, com a lógica do poder que necessita do dinheiro para viver no luxo, na ostentação, na arrogância, no descaramento sexual.

Se refletirmos bem o próprio termo "corrupção" remete-nos para a deterioração do corpo, a corrupção da morte. E o mesmo acontece com a vida interior e espiritual: a corrupção mina a nossa “integridade” – mesmo neste caso o conceito estende-se da dimensão física à moral – desmembra-a, torna-a irreconhecível para seres humanos dignos de tal nome. Os cristãos sabem que assumindo um estilo de vida corrupto, blasfemam o nome do seu Deus entre os não cristãos.

ENZO BIANCHI