XXIX domingo do Tempo Comum
Não se trata de colocar questões sobre a vinda final, mas de acolher a vinda final do Senhor como uma questão que interpela os cristãos sobre a fé. A nós que, muitas vezes, nos perguntamos: “Onde está Deus?”, “Onde está a promessa da Vinda do Senhor?” (2Pe 3,4), Ele responde-nos pedindo-nos contas da nossa fé: “Onde está a Vossa fé?” (Lc 8,25). A vinda do Senhor não é um tema de abstratas especulações teológicas, mas uma realidade de fé para viver e experimentar, como espera e desejo, na oração.
A oração da viúva que pede justiça sublinha a audácia e a determinação da oração. A oração não se envergonha de pedir, não hesita em insistir, não cessa de bater à porta, não teme importunar. A oração exige coragem. A coragem da fé que leva a não desistir, a não baixar os braços, a não dizer: "não serve para nada".
Oração e fé relacionam-se de forma inseparável: crer significa rezar. E se nós podemos rezar graças a uma fé viva é verdade, também, que a nossa fé permanece viva graças à oração.
Reflexões sobre as leituras
de LUCIANO MANICARDI
Comunidade de Bose
Eucaristia e Parola
Textos para as Celebrações Eucarísticas - Ano C
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