Uma vida oferecida de livre vontade e por amor
Mas esta liberdade de Jesús era nutrida e acompanhada também pelo amor: amor pelo Pai, mas também pela verdade e pela justiça; amor pelos Homens. Para que fosse claro que dava a sua vida livremente e por amor - não forçado pelo destino nem por circunstâncias furtuitas - Jesús antecipa com um sinal, o que está para acontecer. À mesa, com os seus discípulos, Jesús executa gestos acompanhados por palavras: o seu corpo é partido e oferecido por todos os Homens, o seu sangue é vertido e dado por todos. É o sinal definitivo da sua morte eminente, o sacramento de acção de graças, a Eucaristia que os cristãos devem celebrar em sua memória para serem também eles envolvidos naquele gesto de dádiva pelos irmãos e por todos os outros. No final daquele gesto Jesús diz: "Fazei isto em memória de mim!". Até ao seu regresso, por todo o tempo que os cristãos vivam no mundo, entre a morte-ressurreição de Jesús e a sua vinda na glória, é na celebração daquele gesto do seu Mestre e Senhor que os cristãos serão plasmados como discípulos, participarão na vida do próprio Cristo, saberão que Ele, o Senhor, está com Eles até ao fim da História.